O método Pilates vem sendo ministrado há mais de 50 anos, por profissionais de áreas diversas como educação física, Ioga, dança e fisioterapia. Apesar de demandar uma especialização para que estes profissionais atuem na área, a fisioterapia e o pilates caminham juntos nas reabilitações.
A técnica envolve exercícios que possibilitam o fortalecimento, o ganho de consciência corporal, alongamento e aumento da coordenação motora, que são ganhos que auxiliam muito no processo de reabilitação.
Como o fisioterapeuta pode usar o Pilates?
O Pilates está se tornando cada vez mais popular, portanto, entender seus métodos abre grandes oportunidades de atuação para os fisioterapeutas e outros profissionais da saúde.
Isso acontece porque o Pilates e a fisioterapia podem andar juntos. Ambos devem ser iniciados através da avaliação criteriosa do paciente e a partir disso, serão destinados os recursos e métodos que serão aplicados.
O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) recomenda o Pilates como uma excelente técnica que utiliza recursos mecanoterapêutico e cinesioterapêutico para a recuperação dos movimentos corporais através de exercícios.
Todos os fisioterapeutas e profissionais da educação física são habilitados para orientar essa atividade, precisando apenas reforçar seus conhecimentos através de um curso específico que aprofunda o método.
Após a especialização, o profissional está capacitado para atuar com o Pilates clínico, que é voltado para casos de reabilitação pós cirúrgica ou mesmo o tratamento de alguma enfermidade.
Mas afinal, o que dizem os médicos a respeito do Pilates enquanto tratamento fisioterapêutico?
Quadros como hérnias de disco, escolioses, lesões de joelho, e lombalgias mecânicas são muito recorrentes nos consultórios médicos e de fisioterapia. No entanto, o que preocupa os profissionais da área são os pacientes que perdem o interesse a abandonam o tratamento.
O método Pilates consiste na realização de exercícios físicos que utilizam a gravidade e o peso do próprio corpo, gerando resistência durante a execução dos movimentos.
O diferencial do método Pilates é que ele trata a lesão e melhora significativamente os movimentos cotidianos do paciente, além de promover socialização quando as aulas são em grupo.
É possível perceber a evolução do paciente a olhos nus, com o método Pilates. Afinal, este método cuida do corpo e da mente como um conjunto, trabalhando com exercícios de respiração que tratam a ansiedade e a depressão.
Alguns outros benefícios que o Pilates clínico apresenta são:
- Aumento da força muscular;
- Ampliação da capacidade respiratória;
- Melhora na flexibilidade;
- Retomada do equilíbrio;
- Melhora na coordenação motora;
- Aquisição de consciência do próprio corpo.
Antigamente, o Pilates não recebia esse nome. Apenas após o falecimento de Joseph Pilates que o método foi batizado desta forma. Antes, ele era chamado de “contrologia”, referindo-se à habilidade de controlar o corpo e a mente para o exercício presente.
Isto diz muito sobre a atuação dos fisioterapeutas no Pilates, que trazem a competência do movimento de maneira inconsciente para os seus pacientes.
Originalmente, os exercícios do Pilates tradicional eram indicados para bailarinas e trabalham muito com a retificação de coluna e são realizados de forma avançada. É possível perceber a plasticidade e beleza nos movimentos.
Na fisioterapia, os exercícios do Pilates são usados como método modificado, ou seja, eles são realizados de forma a respeitar as curvaturas da coluna e são divididos em três níveis de dificuldade: básico, intermediário e avançado.
Cada um desses exercícios é modificado de acordo com as necessidades de cada paciente. O avanço do paciente é determinado pela sua capacidade de realizar as dez repetições sem compensação.
Cada paciente consegue acompanhar e observar a sua própria evolução, o que o estimula a praticar atividade física para reabilitação como forma de tratamento, sentindo prazer com sua evolução.
Os médicos afirmam que os exercícios que usam vários grupos musculares ao mesmo tempo são ótimos para recrutar cadeias musculares de maneira simultânea. É exatamente o que o método Pilates objetiva, utilizando concentração, flexibilidade, respiração e fortalecimento da musculatura profunda do abdômen, que é o core.
Quando se pensa em core, já pensamos em musculatura do abdômen. Isso está relacionado à coluna e à postura. O tratamento de Pilates pode solucionar patologias ligadas à coluna ou também prevenir estas e outras doenças.
As indicações dos médicos são voltadas para que se busque tratamento individualizado, ou seja, com exercícios direcionados e personalizados para todas as alterações e compensações posturais do paciente.
Tais compensações podem somatizar em discopatias e degenerações no joelho, quadril ou até mesmo na coluna, como hérnias de disco.
Os médicos ressaltam que o Pilates não possui o poder de corrigir totalmente a coluna, mas sim de estabilizar, por isso, pacientes que possuem diagnóstico precisam passar por uma avaliação individualizada para associar o tratamento ao RPG (Reeducação Postural Global).
O Pilates é uma modalidade de atividade física e também um método utilizado para reabilitação e tratamentos. Engana-se quem pensa que é uma modalidade fácil e exclusiva para mulheres ou pessoas com mais idade.
Além de todos os benefícios, o ganho de massa muscular, o alinhamento da cadeia muscular e a amplitude articular são os destaques dessa modalidade que já conquistou muitos médicos e fisioterapeutas em todo Brasil.
Leia também sobre os avanços tecnológicos na fisioterapia