O impacto da prática de exercício físico para a qualidade de vida das pessoas com ansiedade e depressão é de conhecimento de todos. No entanto, muitas pessoas não dimensionam a melhora no bem estar que isso pode significar.
Além de diminuir significativamente o risco do desenvolvimento de doenças crônicas degenerativas, cardiovasculares, câncer, diabetes, hipertensão arterial e obesidade, o treino funcional também está associado à melhora da saúde mental e da qualidade de vida.
Benefícios do treino funcional para transtornos emocionais
Os benefícios da atividade física para pessoas com transtornos emocionais podem ser notados nos primeiros meses de prática. A elevação da autoconfiança é um dos mais importantes, pois ela é a responsável pela motivação para mudanças de hábitos de vida.
O treino funcional é indicado para todas as idades, de ambos os gêneros, no entanto as mulheres são mais afetadas por serem vulneráveis a possíveis oscilações hormonais.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), mais de dez milhões de pessoas no Brasil são portadoras de distúrbios emocionais. Os sintomas atingem cerca de 340 milhões de pessoas em todo o mundo. No entanto, apenas 25% dos adultos que sofrem com a depressão buscam ajuda.
Tais distúrbios podem ser identificados através dos seguintes sintomas:
- Tristeza profunda e sem fim;
- Baixa autoestima;
- Amargura sem motivo aparente;
- Ausência de prazer;
- Insônia ou excesso de sono;
- Distúrbios no apetite;
- Angústia, entre outros.
O tratamento para esses sintomas costuma ser medicamentoso, prioritariamente. A ausência de exercícios físicos, boa alimentação e regulação do sono muitas vezes são negligenciados, o que deveria ser visto como ponto de partida para a recuperação, segundo a opinião de muitos especialistas.
Como começar o treinamento funcional para melhorar sintomas da depressão
É muito importante começar uma atividade física. A quantidade ideal para alcançar determinado objetivo deve ser medida em tempo de duração, frequência, intensidade e o total de calorias gastos.
No entanto, não há como mensurar a medida ideal de exercícios para uma pessoa começar a perceber os benefícios psicológicos e redução dos sintomas depressivos.
O que se tem certeza, inclusive através de dados fornecidos pela OMS (2014), é que a prática de atividades físicas tem demonstrado grande influência positiva sobre os transtornos emocionais.
Isso acontece porque há liberação de hormônios como a endorfina e a dopamina nos organismos, proporcionando um efeito tranquilizante e relaxante pós esforço, o que mantém um equilíbrio no estado psicoemocional do indivíduo.
Além disso, a sensação de prazer e a melhora no humor estão relacionados com o estado de tensão corporal, o que pode resultar em solução para sintomas físicos, como dores musculares.
Segundo o médico Dráuzio Varella (2013), a atividade física regular e bem elaborada contribui muito para a diminuição dos sintomas de indivíduos deprimidos, além de oferecer oportunidade de envolvimento social, elevação da autoestima e implementação das funções cognitivas, diminuindo o quadro depressivo e também auxiliando na diminuição de recaídas.
Além disso, o treinamento funcional é uma atividade de baixo custo e atua de forma preventiva a outras doenças. Estudos apontam que pessoas que praticam atividade física regularmente apresentam redução significativa de uso de ansiolíticos e antidepressivos.
Quais são os melhores exercícios funcionais para depressão e ansiedade.
Especialistas afirmam que exercícios que melhoram o condicionamento cardiovascular são aqueles que provocam sensações parecidas a sintomas de síndrome do pânico e ansiedade, como taquicardia, sudorese, entre outros.
No entanto, não se deve diagnosticar tais sensações com uma crise de pânico, pois ao experimentar esses sintomas após a prática de um exercício vigoroso, o indivíduo pode ter um avanço no processo de dessensibilização.
Desta forma, se não houver contraindicações, os exercícios cardiovasculares contribuem para a redução dos sintomas causados pela ansiedade e depressão.
Assim como os exercícios de força, tais como a musculação, que atuam com liberação da Serotonina, substância necessária no organismo para desempenharmos as funções do dia a dia. Ela também faz parte dos neurotransmissores do encéfalo, realizando a transmissão de dados entre neurônios.
Esta comunicação entre os neurônios é fundamental para compreensão do meio e captação de respostas imprescindíveis ao ambiente, como atos de sobrevivência, fuga, entre outras coisas.
Isso é responsável pela regulação do ritmo cardíaco, sono, apetite e de certos hormônios.
Os benefícios do treinamento funcional vão além do que imaginamos. É importante ressaltar que a longo prazo, a prática de tais exercícios passam a ser um novo vício, trocando aqueles negativos por outros positivos.
Recomenda-se a prática diária da atividade física, com moderação e fora do limite de exaustão. Associando a prática de exercícios funcionais a uma alimentação equilibrada, o combate à depressão e ansiedade ganham uma nova forma.
Médicos especialistas devem ser consultados para garantir o conhecimento de possíveis contra indicações. Os medicamentos só devem ser prescritos por profissionais da saúde. Além disso, é importante ressaltar que as atividades físicas devem ser orientadas.
São muitos os estudos que evidenciam o valor dos exercícios funcionais na redução dos sintomas depressivos e de ansiedade. No entanto, não se deve substituir o tratamento padrão, por se tratar de doença grave.
É necessária uma cuidadosa avaliação, caso por caso, para a associação ou alternativa da atividade física ao tratamento tradicional para a depressão.
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